quinta-feira, 25 de julho de 2013

Lançamento: Pokoloko Brewing Co. e Poncho Rock Beer: Red Hell - Pumpkin Ale

Depois de um bom tempo sem lançar novidades, não poderíamos decepcionar nossos leitores.
Desta vez chegamos com uma surpresa fora dos padrões até mesmo par aqueles acostumados com cervejas diferenciadas. Em uma Brassagem colaborativa entre Pokoloko Brewing Co. e a Poncho Rock Beer, temos o prazer de apresentar uma RED HELL, ou Inferno Vermelho em português. Esta Beer pertence ao estilo de Spiced Pumpkin Ale, uma cerveja muito tradicional em feriados na terra do Tio Sam e que tem como sua principal característica a adição de abóbora a sua receita.

Oh Louco! não é assim também. 

 Esta é uma receita que sempre causa intriga e espanto as pessoas. Primeiro a os desavisados, sim é possível "fazer cerveja com abóbora", ela não é a principal fonte de açucares da cerveja ela entra como componente de gosto e aroma e contribui de forma pequena no corpo e álcool da cerveja. Segundo, mesmo para aqueles familiarizados com o estilo e com a brassagem de cervejas, sabe-se que este é um estilo problemático durante a brassagem.

Via de regra, cervejeiros que exploram o estilo se deparam com uma série de problemas com relação a inserção da abóbora em pedaços na receita. Isso devido a fibrosidade da fruta (fruta ? abóbora é uma fruta ? bom, acho que é a mesma regra para o tomate e a melancia, então é uma fruta ... ) esta fibrosidade da fruta "in natura" e a viscosidade que ela confere ao mostro da Pumpkin Ale trazem uma série de problemas a brassagem como entupimento de válvulas, dificuldade com as rampas de temperatura, demora no processo de "lavagem" dos grãos e uma quantidade significante de açúcares não fermentáveis no final do dia. 

Lindas... lindas medições de Densidade do mostro fermentando... 

Devido as estes problemas a Pokoloko e a Poncho Beer uniram forças e preferiram jogar de forma segura dentro do estilo. Este cerveja envolve uma mistura complexa de ingredientes, não só pela abóbora e os cuidados a se ter com ela, mas também com o equilíbrio dos maltes que conferem a cor alaranjada (que não é fácil de se atingir), a mistura de lúpulos que ficam em segundo plano, a adição dos temperos que desempenham papel importante na identidade da Beer e o controle meticuloso da temperatura de brassagem , para conferir a cerveja um "corpo" que suporte a complexidade de tudo isso que jogamos dentro do Mash Tun.
Depois de quase 3 semanas nos preparando para a brassagem, fechamos a receita e o formato da brassagem e lá fomos escolher cuidadosamente os insumos.
Eu fiquei responsável pela abóbora e os temperos, peguei a lista de compras e me mandei para o Mercado Municipal de Taubaté. Só de abóbora, forma quase 10 KG de abóbora em Moranga e mais quase 50 gramas em temperos, entre eles estavam gengibre, cravo, canela, pimenta da jamaica, noz moscada e açucar mascavo.

O aroma era intoxicante ... 

A combinação destes cria o que os americanos chamam de All-spice e é uma mistura comum para receitas e em especial doces e mais relevante o doce de abóbora ... AHA ! este famoso doce de abóbora é uma sobremesa famosa em feriados de próximos as épocas frias do final do ano. E é nessa sobremesa que o estilo foi baseado e criado, esta então é uma cerveja a ser tomada após as refeições ou em noites frias para espantar o calor.
Por estarmos no Brasil, escolhemos dar um toque tropical a bebida com lúpulos cítricos tropicais para tornar a cerveja com drinkability mesmo em temperaturas tropicais.
Para "driblar" os problemas com viscosidade da abóbora usamos ela assada e sem a casaca, sendo inserida em pedaços no mostro por meio de uma "grain bag" para que ela não fica-se fora de controle. Esta alternativa se provou muito boa para contornar os problemas da brassagem e esta transcorreu sem nenhum empecilho.

Após alguns dias, podemos ver que ela não ficou alaranjada e sim vermelha.

 A fermentação da Beer transcorreu com algumas preocupações, depois de uma atenuação muito boa nos primeiros dias, chegamos a um patamar de densidade e não conseguíamos descer. Imagino eu que isto se deva a açucares não fermentáveis que poderiam gerar dulçor demasiado e/ou aumentar ainda mais o corpo da Beer que já é elevado, isso poderia fazer ela ficar muito pesada ou excessivamente doce ao paladar, ou mais do que pretendíamos. Mesmo assim enceramos a fermentação um pouco acima do esperado, perdendo um pouco de graduação alcoólica, mas garantindo também que a cerveja não tivesse um final seco.
Isso prova que este estilo é realmente um pesadelo e se as coisas derem errado, você pode ir do céu ao inferno com apenas um pouco de descuido... dai veio o nome da Beer...

Rótulo especial para a Beer

 Isso nos leva ao produto final que foi uma Beer com coloração vermelho acobreado de aroma rico e complexo devido aos maltes e temperos. No entanto a presença da abóbora é discreta (até demais) no aroma e realmente não aparece, no aroma sentimos a noz moscada de forma pungente, alguns tons da pimenta e um agradável tom de pão e toffee do malte. A baixa carbonatação deixa ainda mais evidente os aromas. Na boca a sensação é de agradável preenchimento e "peso" a beer apresenta complexidade levando as notas dos temperos, noz moscada, canela e pouco do gengibre, novamente a presença do malte caramelo, os lúpulos ressaltam estes sabores agindo em segundo plano como "refrescantes" o que não deixou a cerveja de certa forma mais equilibrada. O retrogosto é ainda dos temperos mas aparece um pouco mais do gengibre e dos lúpulos.
A abóbora é quase imperceptível durante quase toda a beer, apenas quando ela esquenta um pouco e parte dos aromas se dissipam que podemos sentir parte que se assemelha a abóbora.
O resultado final foi muito bom, apesar de podermos concertar alguns passos para uma próxima leva, esta sim foi uma cerveja que desafiou nossas habilidades e nos ensinou muito sobre o processo e cultura cervejeira

Agora é só esperar um dia frio e apreciar eta iguaria com uma bela sobremesa
Perfil da Beer: Red Hell
Estilo: Spiced Pumpkin Ale
ABV: 6%
IBU: 31
EBC: 15-20




Logo logo vem novidades por ai, já fechamos os primeiros eventos para divulgar nossa marca e teremos muitas Beers saindo dos maturadores no mês de agosto para vocês.

Dúvidas ? sugestões ? ... recitas ? convites para tomar cerveja ? ... não deixe de comentar abaixo. ;)

Abraços do Beer ... 

A Alquimia da Cerveja ...

A postagem de hoje é sobre as novas experiencias da Poncho Rock Beer.
Durante a semana passada recebemos novos maltes e insumos e isso trouxe, além de mais alegrias, alguns problemas... como rodar o estoque ? como conservar melhor os maltes e lúpulos ? como reaproveitar alguns insumos para próximas brassagens ? ...
E lá foi nosso cervejeiro buscar as respostas para essas perguntas. Este é o seu relato...
Quando se trata de cerveja, a qualidade inicial de seus insumos é crucial e influencia em muito o resultado final da cerveja que você leva a mesa. Em experiencias anteriores, percebi que o frescor do malte é essencial. Uma cerveja com um malte moído na hora da produção leva vantagem de um malte moído 2, 3 e principalmente uma semana antes (infelizmente já fiz isso e apesar de conservar de forma adequada tive um resultado que não agradou).


Maltes ... =)

Conservação do Malte: 
O malte por ser um grão seco, tem que ser conservado em ambiente hermético (ou seja não permita a entrada de ar) e sem umidade. Dentro de condições boas de conservação o malte pode ser mantido por messes, mas esta estocagem e demora sempre vai ter reflexo no produto final.
O conservamento correto uma tarefa não difícil, mas complicada. Procure usar sacos plásticos limpos e secos do estilo ziplock (que lacram a entrada) e faça alguns furinhos com uma agulha ou ponta de clips. Isso garante a saída da umidade e sem entrada excessiva de ar e perca de aromas.
Claro estes maltes tem que ser armazenados de forma a evitar mudanças bruscas de temperatura, odores externos e umidade. Sacas grandes de 25kg/50kg que são recebidas pelos distribuidores e fracionadores de malte são ideais para envolver os sacos individuais de maltes.
Claro que estas medidas não são 100%, problemas como carunchos, mofos e envelhecimento dos maltes podem acontecer de qualquer forma devido a pequenos pontos. O segredo é usar os maltes mais "velhos" primeiro para que estes acabem sendo preteridos e por estarem sem aroma ou sem qualidade.
Mesmo nesta situação, não é um caminho sem volta. Quando seu malte está meio "murcho" é possível dar nova vida a ele por meio de uma torrefação. Torrefação é um tratamento dado ao maltes após a secagem da malteação, por meio deste conseguimos mudar propriedades dos maltes afim de ter sabores e aromas mais frescos ou diferenciados.
Podemos também assim, suprir a falta de certos maltes e até inovar com misturas originais. Isso dá um toque de caráter e personalidade na sua cerveja. E isso que nós da Poncho Beer procurávamos para uma leva especial. Por isso seguimos o Faça você mesmo apresentado no Blog brejadobreda.

Importante conferir de perto a temperatura tanto do forno como dos grãos.
Separamos 1 quilo de malte Pilsen e 300 gramas de Pale Ale, foram maltes que "sobraram" da leva de Love Songs e resolvemos transforma-los em maltes mais aptos a próxima brassagem.
Seguindo os procedimentos do Blog embarcamos nesta empreitada.
Os procedimentos são demorados e requerem atenção do Cervejeiro, eu mesmo deixei os maltes um pouco a mais do que pretendia, mesmo assim o procedimento se mostrou um sucesso. Seguindo passo a passo, fui pelo caminho mais "lento" pois queria maltes com boas propriedades. Mandei para o forno o 1 quilo de pilsen enquanto o Pale Ale ficou de molho na água. De fato a tarefa de movimentar e revirar os maltes de 5-10 minutos é algo complicado, puxei uma cadeira confortável, peguei uma cerveja e acertei o despertador, depois colocando o modo "soneca" garanti que o malte fosse mexido de 10 em 10 minutos.

Malte Pilsen Nacional e maltes torrefados nos fornos da Poncho Rock Beer
 O resultado foi muito bom. Vemos no prato à 6h, o malte pilsen, que foi transformado em Pale Ale (12h) malte "Brown" (9h) e Pale Ale Caramelizado (3h). O aroma destes ficou consideravelmente mais rico e aprimorado. Os maltes foram deixados para "descansar" por uma semana para que a cor e aroma fossem acertados. O resultado deles vai aparecer em uma cerveja a ser divulgada no Bierort em evento no mês de Agosto.

Blend de Maltes pronto para a Brassagem.

Outra forma de conservação e reaproveitamento acessível a qualquer cervejeiro caseiro é a reutilização de fermento. Consegui uma garrafa de plástico de um amigo que continha algum muito especial, uma gosma marrom clara que parecia uma vitamina daquelas que nossos avós tomam de manhã.
Essa papa são bilhões de pequenas células que passaram pelo longo processo de fermentação e que agora estavam em uma situação de serem jogadas foras e eu resolvi reaproveita-las para uma próxima leva.

Limpar e reutilizar leveduras : 

Os produtos de uma fermentação, além do Co² e álcool é também o a "lama" que fica no fundo do fermentador, este resíduo é uma mistura de sedimentos sólidos do mostro e sedimentos de fermento. Para reutilizar esse fermento temos que saber o que é bom ou não levar para a próxima Leva.
Os depósitos mais sólidos que estão ao fundo são restos de proteínas lúpulos e outros que vieram da brassagem. No meio desta mistura ainda está parte da "jovem cerveja" e finalmente o fermento que queremos levar.
O primeiro passo é "lavar" o fermento, isso para poder diferenciar melhor o fermento a utilizarmos dos retos que não queremos levar.
Vale ressaltar que esta é uma fase delicada, iremos retirar o "álcool" que previne parte das contaminações e estaremos expondo as leveduras ao tempo e água de fora e outras contaminações, por isso precisamos ter cuidado em como fazemos o procedimento para evitar ao máximo perder estes fermentos preciosos hehe
Segue em anexo um vídeo que me guiou no processo. lavagem de Leveduras

Tudo no jeito para a lavagem.
Não deixe de tentar outros métodos e outros fatores, com diferentes leveduras. Mas lembre sempre de manter registro do processo e de cada levedura. Não deixe elas acabarem se perdendo em sua geladeira e arriscando trocar de levedura ou de perder leveduras por descuido.
É importante que elas sejam conservadas em geladeira com temperaturas baixas para minimizar sua atividade e evitar que elas se vejam em um ambiente onde tenham que se matar para conseguir alimento.

Cerveja é metade arte e metade ciência. 
Não deixe de tentar realizar nenhum método por medo ou por achar que é complicado, aproveite que a internet está recheada de informações e corra atrás do que você precisa.
Você Homebrewer que precisar de informações, não fique acanhado, pergunte e solte as dúvidas e quando aprender algo não segure as informações, passe a frente para ajudar quem já esteve na sua situação.

O Rock n' Roll não pode parar ... 

Não perca também os resultados destas experiencias em nossas próximas brassagens e beers.
Mais fotos e informações em nosso FaceBook/Poncho.Rock.Beer
Abraços

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Lançamento: Poncho Rock Beer - Love Songs.

Mais um lançamento de Beer aqui no Blog. A Bola da vez é uma Irish Red Ale feita com muito amor e carinho, que acabou levando em seu nome toda uma categoria de músicas dentro da nobre arte do Rock 'n Roll. Love Songs são as músicas clássicas do rock que evocam os sentimentos que o Amor (ou o final dele) desperta em todos nós.
Nossa Beer é uma singela homenagem e agradecimento a todas essas lindas músicas. A ligação entre o estilo da Beer e as canções de amor não são poucas, em primeiro lugar a cor Vermelha, marcante, que atrai os olhos, o aroma adocicado e o sabor de caramelo são de fazer a boca salivar. O amargor só aparece no final do gole, com toques herbais e florais tipico dos lúpulos ingleses. Um pouco de torrado pode aparecer, pois são destas "faíscas" que saem a cor que desejamos. Uma cerveja cremosa como o começo de toda paixão.

Poncho Rock Beer - Love Songs
Como toda boa canção carregada de sentimento tem uma história por trás, a Beer não pode ser diferente. Quando comecei a me empenhar na empreitada de produzir as Rock Beers, tive a feliz colaboração/apoio/incentivo da minha querida namorada Mariana Padoan. Ela no entanto era uma pessoa cética com relação a bebidas alcoólicas, preferindo pingas envelhecidas às relíquas gastronômicas das cervejas, chegando a despreza-las quando podia. Isso foi mudando com o tempo e posso falar que estou a beira de transforma-la em um grande apreciadora de cervejas e uma de meus desafios com essa cerveja era selar essa transição.
Por isso chamei minha companheira no crime para uma noite legal de Beer, Bilhar e Rock.

Never Know how much I care ... 


A Harmonização :  

Irish Red Ale é uma cerveja que combina com carnes vermelhas, queijos fortes e muito tempero. Como já havíamos jantado mais cedo, optei por petiscos para acompanhar e trouxe (para efeito de comparação) um exemplar da Karavelle Red Ale Hell. Os petiscos escolhidos forma um salame artesanal bem condimentado com base de carne de Javali e um Blue Chesse.

O Rock: 

O som de fundo foi escolhido a dedo, não só ele é considerado o Rei do Rock como é dono de uma voz tão suave que faria um tigre ronronar ... Elvis Presley não é só um grande músico e interprete como é um garanhão da melhor qualidade. Por onde passava cativava corações das jovens e impressionava pelo seu talento e simplicidade. Escreveu e interpretou algumas das mais linda Love Songs e serviu de inspiração para outras tantas canções apaixonadas de Paul McCartney até ilustres desconhecidos.

Yeah Baby !

Um de seus mais icônicos show foi realizado em 1973. Aloha From Hawaii foi o primeiro show a ser transmitido via satélite para "todo" o mundo, exibido em mais de 40 países o show foi sucesso imediato alcançando o topo da audiência da TV americana até então. Seu álbum (RCA - 1973) chegou ao topo das paradas americanas e listas mais importantes da Europa. Mostrando a força e influencia que Elvis tinha mesmo com a carreira em "declínio". A integra do show pode ser assistida AQUI.

A degustação: 

 Abrindo a Beer Love Songs, novamente o som da rolha Flip Top nos surpreendeu, mostrando que a carbonatação estava completa. Servida entre 5º-10ºC em copos "Pint", de média para baixa carbonatação, a Beer veio em uma cor âmbar alaranjada, um pouco a baixo do que o estilo pediria. Mesmo assim impressionou pela limpidez e transparência. O Aroma de caramelo e toffee é marcante assim como seu sabor a boca. Com um corpo médio para denso a Beer é fácil de consumir e apreciar.

Quem disse que Cerveja Caseira é turva ??

O amargor do lúpulo Inglês aparece de forma discreta com poucos tons herbais e amadeirado. A cerveja termina um pouco seca convidando ao próximo gole. A espuma inicial demorou a se formar, mas persistiu toda a degustação com uma camada acima da Beer. A nota baixa ficou por parte do fermento americano usado, ele conferiu um gosto frutado na Beer durante o final da garrafa. Temos também que anotar que as habilidades no Bilhar, aumentaram significantemente após provar a Beer - Love Songs.

Red Ale Hell 


Aproveitando a onda de Red Ales, abrimos a Karavelle. O aroma e visual acobreado atraíram a primeira vista. Na boca o sabor era mais toffee e torrado do que caramelo, as linhas de lúpulo vão para o Herbal/Grama como também é tradicional Inglês. Infelizmente o torrado (até um pouco de defumado) dos maltes sobressaiu outros sabores o que deixou uma impressão ruim quanto a Drinkabillity. Um sabor residual do fermento também foi sentido mas de forma bem inseria. É uma cerveja boa, mas que deixa a desejar de uma forma geral. Considero a versão tirada do Barril um tanto quanto melhor.

 O saldo final foi dos melhores. Um boa noite de Bilhar e cervejas, acabamos aprendendo um pouco mais sobre o estilo. A Love Songs cumpriu seu papel em ser uma cerveja atraente e fácil de tomar, conquistou eu e Mariana que já pensamos na Brassagem da próxima versão. A impressão que ficou da cerveja foi de pouca complexidade mas boa inserção dos maltes e sabores, se destacando por ser equilibrada e entregar o que prometeu. Algumas anotações com relação a receita já foram tomadas e a versão 2.0 promete mais impacto. A evolução do Mestre Cervejeiro pode ser percebida a cada brassagem, experiencia que está sendo levada para as próximas Criações...

Let's Play ...

Perfil da Poncho Rock Beer - Love Songs:
Brassada em: 02/06
Engarrafada: 02/07
ABV : 4,7%
IBU  : 15
EBC: 16
OG: 1,055
FG: 1,014


Em Breve lançaremos mais uma Beer.
Agora com um intervalo um pouco maior, Teremos em 2 semanas a tão aguardada Pumpkin Ale... =D

... Palpites ? sugestões ? Críticas ?, não deixe de comentar abaixo.


Até a próxima e deixo vocês com um Abraço do Beer

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Lançamento: Poncho Rock Beer - Glam Ale

   A espera finalmente acabou. Cervejaria Monteiro orgulhosamente apresenta a Primeira Receita da Poncho Rock Beer. Após as primerias experimentações com técnicas de brassagens e processos de fabricação, as Beers formam tomando forma e amadurecendo em sabor e aroma, mas foi só depois do domínio da técnica do Dry Hop, que esta Beer demonstrou ter personalidade suficiente para usar o Poncho sagrado sobre seus ombros e representar nossa marca.

Logo Finalizado e Colado nas Garrafas
O que acharam ?? 


A Beer e seu Rock :
   A Glam Ale é uma cerveja de cor vermelha acobreada que chama a atenção nas mesas por onde passa. A cerveja possui um caráter de lúpulos inglês/americano dançando entre o picante e o cítrico como muitas bandas famosas de Rock experimentaram durante o final dos 60's e 70's. Seu estilo (American Amber Ale) é representado por cervejas como Brew Dog 5 a.m Saint, Anderson Valley Boont Amber e a brasileira Rasen Amber Ale. A American Amber Ale apresenta uma sensação equilibrada entre o amargo do lúpulo e o caramelo do malte, os lúpulos são destaque tanto no ofato quanto paladar.

A denominação de Glam Rock vêm da "Pompa" que era marca registrada do estilo, era uma época de extravagância que contava com cílios postiços, muita purpurinas, saltos altos, baton, muito pó branco (dos dois tipos), lantejoulas, paetês e trajes elétricos por parte dos integrantes das bandas. Eram os tempos da androginia e do glamour e suas músicas agitadas de rock n’ roll esbanjavam energia sexual. As principais bandas e representantes dos estilo são Queen, Elthon John, The New York Dolls, The Runnaways e Alice Cooper, no Brasil encontramos Secos e Molhados e Tutti Frutti encorpando o movimento.

Esse estilo de cerveja Harmoniza bem com pratos principais mais encorpados, indo bem tanto com carnes vermelhas e brancas. O que possibilitando uma grande variedade de opções.
Por estarmos no inverno eu escolhi o que eu tinha a mão. A sobra de um Lagarto no molho de Cebola que tivemos para o almoço virou um Creme de Cebola e Pedaços Desfiados de Carne, para acompanhamento escolhi Pão Italiano e Pão Australiano.

UHNNNN ...

Degustação e Harmonização: 

Vamos então a Degustação da Cerveja ... Preparei um copo em formato de Pint, bem limpo e seco. E deixei a Garrafa de Glam Ale a uma temperatura entre 7º e 12º, para poder aproveitar bem com a sopa quente.
A primeira impressão ao abrir, a linda garrafa adesivada no estilo flip top, foi das melhores um barrulho de "Ploc!" mostrando que a cerveja estava bem carbonatada. Um aroma cítrico tomou conta do ar, mostrando que as quase 2 semanas de Dry Hop valeram a pena a espera.
No copo um líquido de cor vermelho acobreado um pouco a mais do que o esperado para o estilo. Uma espuma branca fina de pouca duração mas de persistência longa, ficou uma camada boa acima da cerveja durante todo o jantar.
Na boca o gosto do malte caramelado é perceptível apenas no começo com alguma nota de pão e toffee. Logo vêm a percepção dos lúpulos, um inicio picante temperado dá espaço a uma sensação de amargor cítrico no fundo da boca principalmente com notas de limão e laranja azeda.

Detalhe da cor, Glam Ale ...
Difícil não imaginar ela em um salto alto e maquiagem. 
O que não poderia faltar é a parte do Rock n' Roll, para acompanhar esta delícia foi escolhido uma dos maiores expoentes do estilo Glam Rock. David Bowie! O astro conhecido como "Camaleão do Rock" sempre foi notícia por onde passou. Por volta de 1969 alcançou o topo das paradas britânicas com "Space Oddity" e seu estilo classificado como Folk Pscicodélico. A próxima empreitada de Bowie seria tão bem sucedida com um tom a mais de extravagancia e brilhantismo (de novo, nos dois sentidos).
Entrando de cabeça no Glam Rock, Bowie assumiu figurinos chamativos e apertados, muita maquiagem no rosto, uma aparência andrógina e cabelos alaranjados (como nossa cerveja), não eram os únicos elementos que transpareciam nas apresentações. Muito de teatro e dramaturgia levaram Bowie a incorporar o personagem e se tornar um alienígena no Reino Unido. A sua história seria contada no album The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders From Mars (1972 - RCA). O álbum é conhecido como um dos melhores da década de 70 e seu personagem principal se tornou referencia histórica na cultura pop. Por isso aprecia a Glam Rock com o melhor do estilo você encontra o álbum completo aqui !!

So where were the spiders, while the fly tried to break our balls
With just the beer light to guide us,
So we bitched about his fans and should we crush his sweet hands?...

O saldo final da noite foi o melhor possível. O logo da cerveja ficou muito legal e em breve teremos sorteio de adesivos com para nossos seguidores. A Beer com um corpo médio para leve se mostrou uma bebida amigável e de boa Drinkability, com o amargor persistente e retrogosto agradável. Um pouco mais escura do que o estilo mas a cor ficou marcante e vibrante. O prato principal ficou muito bom com a Beer e o som de fundo tornou a noite mais agradável para a conversa fluir e trazer a tona algumas boas histórias.



Perfil da Poncho Rock Beer - Glam Ale:
Bom demais para uma primeira receita.
Brassada em: 16/05
Engarrafada: 23/05
ABV : 4,7%
IBU  : 25 

EBC: 24 
OG: 1,046
FG: 1,010



Em Breve lançaremos a segunda leva da Glam Rock.
Durante a próxima semana teremos o lançamento de nossa próxima criação ...


... Palpites ? sugestões ? Críticas ?, não deixe de comentar abaixo. 

Até a próxima e deixo vocês com um Abraço do Beer 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Brasil Brau 2013


A edição de 2013 da Brasil Brau mostrou a força e o espaço que Cervejas diferenciadas tem tomado posse na cultura Brasileira. Os expositores de material voltado a produção da cerveja (home brewers e cervejarias "industriais) estavam situados ao centro da feira (A feira se dividiu em Brasil Brau e Degusta Beer).
Ali podíamos achar desde  expositores de equipamentos como conexões, limpeza, tratamento de água, passando por estandes voltados para fabricação, fermentação, e aprimoramento de processos, ainda representantes do envase e rotulação da cerveja e algumas bizarrices como o alterador da cerveja já pronta, que promete alterar completamente sua cerveja, corrigindo erros e cortando custos (sinceramente não vi muito apelo na técnica e de certa forma me senti insultado pela pretensão do produto... mas enfim tem quem goste), ainda algumas curiosidades como o MiniKeg de 1Litro e 500ML e umas choppeiras com formato exótico.

Entrada da feira já animava quem ia chegando...

Do lado externo da Feira estava a Degusta Beer. Como cheguei na feira por volta das 19h não tive como aproveitar como eu queria a parte de exposição da feira. No entanto me maravilhei ao chegar na Degusta Beer. As fichas para eram vendidos em um quiosque logo na entrada e estas fichas seriam trocadas pelas cervejas sendo que cada Cervejaria ou distribuidora disponibilizaram cartazes com valores de cada dose de degustação. Um copo que o evento dava tinham medidas de 50ml e 100ml. Ótima organização, que garantiu um evento de qualidade. A edição deste ano foi um sucesso para os organizadores e o delírios para o público batendo todos os recordes de público!
Então o jeito foi partir
para as degustações. 

  • Leuven Flanders Red Ale : Excelente Red Ale, um malte e espuma deliciosos, super equilibrada e pouco amargor. 
  • Madalena Premium Pilsen: Cervejaria nova e com uma apresentação maravilhosa. Cerveja superou minhas expectativas com relação a uma Pilsen.
  • Bode Brown Cacau Ipa: Cerveja sensacional corpo equilibrado para seus sabores complexos. Vale a pena experimentar. 
  • Sierra Nevada Torpedo: Outra que entrou de cara para meu Top 10. Quem sabe de lúpulo não pode deixar de experimentar essa, uma explosão de cítrico e amargo. 
  • Anderson Valley Heelch O' Hops : Outra Double Ipa de Peso que não poderia passar. Explorando os Lúpulos Big C's, a Anderson Valley acertou de novo. Se mantendo entre as minhas cervejarias favoritas. 
    Olha quem eu encontrei lá =D
  • Karavelle Red Ale Hell : cerveja muito gostosa que trouxe uma garrafa para casa. Bom Custo benefício e ainda foi servida pelo Garoto propaganda da empresa Seu Jorge hahah
  • Cervejaria Nacional Ipa Mula : Um clássico instantâneo, mostrando que a cultura cervejeira do Brasil sabe bem em quais pedras está pisando. 
  • Tomei ainda uma WeizenBock e outra wit de uma cervejaria que eu gostaria muito de lembrar ... =P
Olha o figura ai... 
Esperamos que estas experiencias tenham fruto nas próximas produções da Rock Beer ... 

 Como o ambiente era amontoado de pessoas, não consegui tomar as devidas notas das cervejas que tive o prazer de degustar. Mas aqui vai uma Lista das cervejas que tive o prazer de Degustar (ou pelo menos as que eu lembro. =P)



Na saída uma coisa ruim, não consegui comprar para levar a cerveja 2XIPA da Southern Tier que eu queria tanto experimentar. 
No final foi só voltar para casa com uma bolsa cheia de informações sobre cerveja, algumas boas lembranças e uma boa ressaca para curar no outro dia.